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Jovens desenvolvem projetos com abelhas

Editoria: Vininha F. Carvalho 09/03/2012

Quando se ouve falar de abelhas qual a primeira coisa que vem a sua mente? Mel, cera ou geléia?

Parceiro do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), o Programa Ciência na Escola (PCE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), desenvolve com um grupo de estudantes da Escola Estadual Maria Madalena, localizada no bairro Armando Mendes (Manaus/AM) projetos com esse inseto.

De forma dinâmica os alunos trabalham as técnicas de tratamento e cuidados com a colmeia, além de conhecerem e trabalharem com os produtos naturais como mel, própolis e cera, estudando também os seus inimigos naturais, a importância da alimentação artificial em tempos de seca, além do conhecimento sobre como manejar adequadamente essas abelhas para mantê-las sempre saudáveis.

Para a professora e coordenadora responsável pelo projeto, Janeide Dantas, esta é uma ferramenta indispensável para inserir e incentivar a pesquisa científica na escola, pois além de demonstrar a importância das abelhas no ecossistema amazônico, desenvolvem a capacidade do aluno, ajudando a reduzir a taxa de evasão escolar e aproximando, assim, a escola da comunidade.

Para esses jovens a pesquisa desenvolvida com abelhas auxilia não só na redução do abandono escolar, mas também conscientiza os alunos e a comunidade de que essas abelhas são importantes para manter a fertilidade das florestas.

Segundo a pesquisadora e coordenadora do Grupo de Pesquisas em Abelhas (GPA/Inpa), Gislene Almeida, o Brasil concentra a maior população de abelhas sem ferrão, “tornando-as indispensáveis para a manutenção da biodiversidade e contribuindo com a polinização de 38% das plantas”.

O principal material utilizado pelos jovens cientistas são caixas de abelhas que foram cedidas pelo projeto desenvolvido pelo GPA. As caixas ficam guardadas dentro de uma sala na escola que é utilizada como laboratório, onde os adolescentes verificam não só a quantidade de potes de mel diariamente, mas estudam também o tempo de vida desses insetos e as pragas que os cercam.

Apesar de pouco tempo de projeto, o reconhecimento da pesquisa tem crescido no meio científico, servindo como motivação para que outros alunos ingressem no projeto, contribuindo com a inovação e se tornando um diferencial não só na sua escola mas como em todo o estado.

Fonte: INPA / Jamyly Macedo