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Seu cachorro consome fibras na quantidade adequada?

Editoria: Vininha F. Carvalho 26/08/2011

Por um longo tempo as fibras só tinham um objetivo para os fabricantes de ração: dar volume ao alimento. Hoje, entretanto, sabe-se que a fibra tem um efeito altamente benéfico à saúde intestinal dos cachorros.

“Elas devem ser utilizadas com critério e com acompanhamento de um nutricionista para equilibrar a ação da fibra no trato gastrintestinal com as reais necessidades de energia, proteína e outros nutrientes pelos animais”, explica o consultor na área de biotecnologia aplicada a alimentação e nutrição animal, além de consultor técnico da Organnact, José Sidney Flemming.

Com experiência na área de Zootecnia e tecnologia de alimentos com ênfase em Nutrição e Alimentação Animal, Flemming revela que a fibra alimentar é dividida em dois grupos: a solúvel e a insolúvel.

“A primeira promove a formação de ácidos graxos voláteis de curta cadeia, que baixam o PH e evitam o crescimento de bactérias indesejáveis responsáveis pela formação de gases com odor desagradável”, explica o especialista.

Segundo Flemming, estes microorganismos, quando têm a sua população exacerbada, chegam a induzir transtornos digestivos culminando por vezes em diarréias altamente nocivas e indesejáveis.

Já a fibra insolúvel, por sua vez, quando devidamente dosada, tem efeitos benéficos estimulando a movimentação do bolo fecal, sem gerar volumes exagerados de fezes.

“Sendo que a fibra, em geral, é uma excelente ferramenta para diminuição da obesidade através da elaboração de dietas hipocalóricas, isto porque uma das suas propriedades é o baixo valor energético”, afirma Flemming.

Segundo, José Sidney Flemming, as rações são formuladas com vários objetivos considerando-se fatores como a idade, espécie e raça. Logo, a fibra será correspondente ao que se espera da ração. Desta forma, existem dietas ricas em energia próprias para animais em crescimento ou com atividade intensa, que são relativamente pobres em fibras.

Já aquelas destinadas a animais idosos, onde o gasto calórico é baixo, tem um teor de fibra maior. A qualidade da fibra (solúvel ou insolúvel) é importante, pois teores mínimos são necessários na dieta, buscando-se a saúde intestinal, diminuição da produção de gases e um efeito probiótico.

A utilização de uma ração deve ser própria para a cada tipo de animal, considerando-se fatores como raça, idade, atividade ou exercícios, sexo (castrado ou não), ansiedade do animal (confinado ou não), alimentação a vontade ou restringida, entre outros fatores.

O correto é procurar a orientação do Médico Veterinário quanto as características específicas de cada animal. O consumo em quantidades inadequadas, altas ou baixas, resultará em transtornos gastrointestinais que vão desde a constipação (pouca fibra) até volumes exagerados de fezes quando o animal receber fibra insolúvel típica de alimentos de má qualidade em grandes quantidades.











Qualquer dúvida, estou à disposição.



Att.

Fonte: Jaqueline Hendges