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Vacinação é a única maneira de conter a raiva

Editoria: Vininha F. Carvalho 20/08/2010

A raiva é uma zoonose (doença transmitida pelos animais ao homem) de letalidade elevada, chegando a 100% nos animais que desenvolvem sintomas da doença. Por este motivo, apesar da redução dos casos de raiva canina e felina no país, ainda é extremamente necessário vacinar os animais de companhia.

A zoonose ainda não foi erradicada no Brasil, de acordo com a Secretária de Vigilância em Saúde (SVS), no mês de abril deste ano houve uma ocorrerrência de raiva humana. Um homem de 49 anos, residente da região rural do município de Frutuoso Gomes/RN, foi mordido acidentalmente na mão por um morcego.

Logo após o caso, o Conselho Regional de Medicina Veterinára do Paraná (CRMV-PR) divulgou em 14 de maio, a confirmação da morte de um gato infectado por raiva, em Curitiba. As investigações apontaram que o animal contraiu a doença por meio de contato com morcego infectado.

Estes casos são reflexos de que mesmo com o grande número de campanhas feitas no país, que imunizam grande parte da população canina e felina, as ocorrências não deixam de aparecer. Em 2002, houve casos de raiva transmitida por morcegos hematófagos em animais das espécies bovina, suína e equina, e nos anos de 2006 a 2009 identificaram morcegos frugívoros e insetívoros infectados pelo vírus da raiva.

Cães e os gatos, em especial os que habitam as áreas rurais e que vivem em residências próximas a estes locais estão mais propensos a contatos com morcegos e canídeos silvestres, por isso, os proprietários devem estar atentos à vacinação anual. A prevenção ainda é a melhor forma de proteger o animal e o homem.

A transmissão da raiva ocorre, principalmente, por meio da mordida de um animal infectado com o vírus e que esteja eliminando-o pela saliva. Há duas formas de raiva canina: a furiosa que se caracteriza por inquietação, tendência ao ataque, anorexia pela dificuldade de deglutição e latido bitonal, e a forma muda, com inquietação, ausência de ataque e tendência a se esconder. Nas áreas rurais, além de cachorros e gatos, bovinos, equinos, suínos, caprinos e ovinos também podem ser acometidos pela doença.

No Brasil, o cães e gatos são importantes na transmissião da raiva para o homem, principalmente devido à sua proximidade com as pessoas. Os animais podem se infectar após serem mordidos por um cão raivoso (mais comum no caso dos cães) ou por hábitos de caça, que acabam fazendo com que os gatos se contaminem ao capturrem morcegos.

Depois do contato com um outro animal raivoso, o animal pode levar de alguns dias até meses para desenvolver os sintomas. Após seu aparecimento, a doença costuma evoluir de forma rápida, variando de 1 a 11 dias, e o animal morre por paralisia respiratória.

O compromisso com a vacinação do animal de companhia contra esta doença é essencial para garantir a proteção contra a enfermidade tanto em animais, quanto em humanos. A consulta periódica a um médico veterinário auxilia na prevenção de outros tipos de doença tão perigosas quanto a raiva”, acrescenta o veterinário.

A Merial foi o primeiro laboratório a desenvolver vacinas de cultivo celular contra a raiva para animais em 1967. Além de possuir alta qualidade e tecnologia na produção de vacinas, é a líder mundial em produção de vacinas contra a raiva para cachorros, gatos e herbívoros.

Fonte: Leonardo Brandão