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O Bosque da Ciência apresentou à sociedade seus novos guias

Editoria: Vininha F. Carvalho 06/08/2010

O clima era de descontração, entre sorrisos, mãos trêmulas e a emoção aparente de familiares e amigos que compareceram ao evento. São 16 meninos e 12 meninas que receberam durante seis meses orientação para o trabalho que exercerão nesta nova etapa do projeto.

“Foram aulas teóricas e de reflexão. Agora são mais seis meses de atividades. Até dezembro, eles terão a oportunidade de mostrar tudo o que eles aprenderam recebendo os visitantes do Bosque”, comenta Maria Inês Higuchi, Coordenadora do Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (Lapsea) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT).

O programa iniciou em 1994 e cada turma tem duração média de atuação de 1 ano. Neste período, o projeto se divide em três fases: Formação educacional, atuação e interação no Bosque da Ciência e participação cidadã na comunidade. O Projeto visa educação socioambiental e a construção da cidadania ambiental em jovens a partir dos 11 anos de idade.

A Coordenadora executiva do programa, Maria Solange de Farias, mostra-se otimista com esta nova turma de guias. “As expectativas sempre são boas. Quando eles chegam ao bosque eles estão muito motivados, cheios de informações para passar aos visitantes. Apesar do nervosismo, existe aquela vontade muito grande de transmitir o conhecimento que eles adquiriram com relação ao meio-ambiente e aos cuidados ambientais”, ressalta Farias.

“A expectativa agora é de ensinar e aprender também com os visitantes. Ser um Pequeno Guia é fazer parte de uma troca. Aprendemos várias maneiras de preservar a natureza, algumas informações sobre os animais amazônicos, a história do Bosque, e várias outras coisas que vai nos ajudar a receber os visitantes”, relata o Pequeno Guia, Valter Antônio Freire, 11, estudante.

Para o pai de Valter, o biomédico Joaquim Freire, 49, ser um Pequeno Guia é uma oportunidade de praticar cidadania, de conhecer uma profissão e aproveitar o espaço disponibilizado pelo Inpa.

“Eu já havia trazido ele aqui no Inpa para visitar o Bosque e ele manifestou o desejo de participar dos Pequenos Guias. Eu já esperava essa ‘deixa’ dele e adorei a idéia porque é uma maneira dele ver como se faz ciência e uma oportunidade de ajudar as pessoas”, comenta Freire.

Para dar continuidade ao trabalho, quando uma turma encerra seus trabalhos como Pequenos Guias, são automaticamente promovidos para uma nova fase do programa, antes chamada de Terceira Fase, depois Participação Cidadã e hoje Jovens Ambientalistas.

“A turma que está saindo vai continuar conosco no próximo Circuito da Ciência especial, dia 7, em comemoração aos 56 anos do Inpa, como Jovens Ambientalistas. Hoje temos crianças de 11 anos até pessoas de 26 anos que saíram dos pequenos guias e continuam como jovens ambientalistas”, conclui Solange.