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Cão recupera movimentos em sessões de acupuntura

Editoria: Vininha F. Carvalho 15/10/2009

Com sessões de acupuntura e fisioterapia, Elvis, um cão de aproximadamente oito meses, recuperou os movimentos das patas traseiras, afetadas pelas sequelas neurológicas deixadas pela cinomose.

A doença, altamente contagiosa entre cães, é causada por um vírus que atinge vários órgãos e, principalmente, o sistema nervoso, deixando o animal com sinais neurológicos que variam de convulsões, andar cambaleante e até mesmo paralisia.

Com Elvis foi assim. Foi recolhido da rua em Bento Gonçalves por voluntários de uma ONG daquela cidade. Apresentava estágio avançado da doença e não se equilibrava nas patas traseiras.

Recebeu tratamento e foi encaminhado para o Hospital Veterinário da ULBRA, em Canoas, para avaliar a possibilidade de incluir as sessões de acupuntura e fisioterapia na recuperação.

Segundo as médicas veterinárias e professoras do curso, Viviane Machado Pinto e Karine Gehlen Baja, responsáveis pelo caso na ULBRA, a cinomose é uma doença agressiva que quando progride pode causar a morte do animal. Com Elvis o quadro foi revertido. Em quatro semanas suas atividades eram praticamente normais, com leve desequilíbrio.

Viviane, responsável pelo setor de acupuntura do Hospital Veterinário, afirma que sempre é possível apostar na recuperação do animal e em determinados casos a acupuntura é aplicada para impedir a progressão de doenças.

Karine Gehlen, especialista em Fisioterapia Veterinária, diz que o tratamento é mais uma possibilidade de recuperação e as estatísticas mostram que vale a pena a tentativa.

Elvis não tem dono, é um cachorro de rua que teve a sorte de ser recolhido e tratado. Karine lembra que as pessoas que têm sob sua responsabilidade um animal que sofre de patologias que podem ser tratadas com as duas práticas devem proporcionar este cuidado porque os resultados são, em sua maioria, satisfatórios.

Viviane destaca que muitos proprietários que já têm conhecimento tanto da acupuntura quanto da fisioterapia, procuram o tratamento como recurso.

Viviane e Karine explicam que procuram combinar os dois tratamentos em todos os casos porque aceleram o tempo de recuperação do animal.

“A acupuntura atua na energia e equilíbrio do paciente, ela procura novas conexões nervosas, enquanto a fisioterapia trata a estrutura física e muscular e prepara para o desenvolvimento das atividades”, ressaltam.

E o Elvis? Está ótimo. Voltou para a ONG, Associação de Proteção aos Animais em Bento Gonçalves e, espera para ser adotado.





Fonte: Aline Marques