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Lei proíbe sacolas plásticas em Caçapava (SP)

Editoria: Vininha F. Carvalho 07/08/2009

Os comerciantes de Caçapava , interior de São Paulo, não poderão mais fornecer as tradicionais sacolas plásticas aos consumidores, de acordo com a lei municipal 4.873, de maio de 2007, que acaba de ser sancionada. Desde o dia 6 de julho todos os estabelecimentos devem começar a usar embalagens 100% ecológicas, porém o prazo de adequação à lei é de 12 meses.

Isso quer dizer que todo o varejo deverá adotar as novas embalagens: biodegradáveis (à base de milho, mandioca), oxi-biodegradáveis (com aditivos que aceleram o tempo de degradação do plástico, sendo também biodegradáveis) ou retornáveis (as tradicionais sacolas de pano).

Uma das alternativas propostas pelo município para substituir as sacolas plásticas convencionais é fornecida pela Res Brasil (de Valinhos, São Paulo). O aditivo oxi-biodegradável d2w é importado da Inglaterra e é adicionado durante a produção do plástico.

Feito a partir de elementos presentes na natureza, tais como o Ferro e o Manganês, o aditivo reduz drasticamente o tempo de degradação do plástico (de 200 anos para até cerca de cinco anos, mas para isso é necessário contato com luz e calor).

Além disso, o plástico oxi-bio é biodegradável, pois ao iniciar a degradação as partículas são consumidas por microorganismos, ou seja, não causam impactos no meio ambiente.

Para comprovar a eficácia desse produto, a Res Brasil, dedicada ao desenvolvimento de tecnologias em embalagens naturalmente degradáveis, encomendou uma série de estudos e testes, que foram realizados por institutos de pesquisa, laboratórios, instituições ambientais, universidades e organizações nacionais e internacionais, entre elas a Unicamp e a Unesp. Em todas as pesquisas o d2w foi aprovado.

“Diferentemente do que ocorre em outros países, em que as sacolas plásticas vêm sendo banidas, taxadas ou tendo seu uso restringido, causando assim o fechamento de fábricas de embalagens e gerando desemprego, a lei de Caçapava representa um avanço porque permite que o produto possa continuar a ser produzido pelas indústrias já existentes”, afirma o diretor da RES Brasil, Eduardo Van Roost.

Segundo o empresário, cerca de 180 companhias nacionais já produzem embalagens 100% biodegradáveis a partir do d2w. Roost diz ainda que a tecnologia e a matéria-prima estão disponíveis a todos os fabricantes de sacolas plásticas.

“Desse modo, eles poderão se manter no mercado, produzindo materiais que vão se degradar totalmente e de forma segura, sem prejudicar o meio ambiente e a vida. Essas embalagens, uma vez corretamente descartadas e coletadas, são recicláveis pelos métodos conhecidos, juntamente com os plásticos convencionais", conclui.

No Brasil, quatro estados brasileiros já adotam como lei o uso de embalagens plásticas biodegradáveis, oxi-bio e as retornáveis: Goiás, Espírito Santo, Maranhão e, recentemente, o Rio de Janeiro. As cidades paulistas de Sorocaba, Piracicaba, Jundiaí, Mogi das Cruzes e Guarulhos também implantaram a Lei das Sacolas Plásticas.





Fonte: Giselle Hoffmann