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Reunião da Comissão Internacional da Baleia termina com vitória dos conservacionista

Editoria: Vininha F. Carvalho 01/06/2007

A 59º reunião da Comissão Internacional da Baleia (CIB) terminou com importantes vitórias para a conservação das baleias. A moratória da caça comercial foi mantida e, apesar de o Santuário das Baleias do Atlântico Sul não ter sido aprovado, o bloco de países conservacionistas conseguiu colocá-lo em votação, mostrando que ganhou força política e coesão.

A proposta do santuário, defendida desde 1999 pelo Brasil, Argentina e África do Sul, venceu por 39 votos contra 29 e 3 abstenções, mas precisava de maioria de 75% para ser aprovada.

“Podemos afirmar que a proposta está ganhando força dentro da comissão”, avaliou Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de Baleias do Greenpeace. “Na reunião da CIB de São Cristóvão e Névis, no ano passado, não conseguimos nem sequer pôr em votação o santuário”, complementou.

A outra vitória importante foi a garantia de que a caça comercial de baleias não será retomada. A decisão passa por cima de uma resolução simbólica aprovada em 2006 pelos aliados baleeiros, que afirmava que a proibição já não era mais necessária.

Além disso, o bloco conservacionista, que inclui o Brasil e a maioria dos países da América Latina, conseguiu apresentar o turismo de observação de baleias como alternativa socioeconômica e científica para acabar com a caça.

“Tivemos uma das maiores vitórias políticas dos últimos anos. A abstenção dos países aliados ao Japão e a consolidação do bloco latino-americano com atitudes mais pró-ativas e integradas contribuiu para a preservação das baleias”, afirma Leandra.

Durante a reunião, o Japão pediu autorização para que suas comunidades costeiras pudessem caçar quantidades indeterminadas de baleias Minkes, como caça de subsistência. A proposta japonesa foi imediatamente rechaçada pelo bloco anticaça. Somente receberam aprovação da comissão a continuidade das capturas aborígenes de baleias pela Groenlândia, Alasca e Rússia.

“A proposta do Japão é uma forma velada de caça comercial de baleias, apesar de os japoneses assegurarem que é apenas uma atividade de subsistência dos povos locais”, afirmou Leandra.

O Greenpeace mobilizou milhares de pessoas em vários países para manifestar seu apoio à luta contra a caça comercial das baleias por meio de manifestações públicas e com uma campanha inovadora na internet, pelo site I-Go.

“Sem a participação ativa da sociedade não seria possível comemorar essa vitória e mostrar ao mundo a importância da conservação das baleias e golfinhos”, reafirma Leandra.

A próxima reunião da CIB será em Santiago, Chile, em junho de 2008.

Fonte: Greenpeace