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Evidências alertam que pneumonia felina pode acometer os humanos

Editoria: Vininha F. Carvalho 13/10/2006

Existe um microorganismo bacteriforme (semelhante à bactéria) pertencente à família Rhickettsiase denominado Chlamidya psittaci. Este microorganismo é responsável por causar nos gatos uma persistente afecção do trato respiratório superior, a qual apresenta-se de forma relativamente branda, conhecida como pneumonite felina. Esta enfermidade é infecto-contagiosa com uma alta contagiosidade (altamente transmissível de um felino doente para um felino saudável).

A clamidiose inicia-se como uma doença hipertérmica (provoca febre), tosse, freqüentes espirros, corrimento nasal e conjuntivite (inflamação na conjuntiva, a qual é uma mucosa que recobre a porção anterior do globo ocular) com intenso corrimento ocular aquoso e posteriormente este corrimento pode se tornar purulento, após contaminação secundária por bactérias.

O gato afetado pela clamidiose perde o apetite, emagrece rápido e em estágios mais avançados, esta enfermidade leva a um quadro respiratório denominado de pneumonite.

Freqüentemente, após cerca de umas duas semanas, os sintomas começam a melhorar, pois a clamidiose costuma ceder na grande maioria dos gatos doentes, havendo então uma lenta recuperação até que o animal volte a ficar disposto e ativo.

Já nos gatos mais debilitados a clamidiose pode evoluir para outras patologias mais graves devido a queda de resistência que provoca.

Embora os gatos afetados possam ser tratados com antibióticos específicos ou, dependendo do caso com outros medicamentos sintomáticos, o transtorno é grande para o proprietário que possui vários animais e se depara com este tipo de problema.

A orientação inicial é a de que logo que se perceba algum problema respiratório em um gato, que procure um médico veterinário para exame e avaliação.

De uma forma geral, como medida preventiva, recomenda-se que os gatos sempre sejam vacinados contra a clamidiose. Embora a imunidade induzida pela vacina contra clamidiose propicie uma proteção limitada, ou seja, alguns gatos mesmo vacinados podem ainda contrair esta doença, sempre ela será bem mais branda com uma recuperação bem mais rápida.

A vacinação também é importante porque há sérias evidências de que inclusive o homem pode se infectar com Chlamydia psittaci de origem felina.

Existem vacinas de ótima qualidade para felinos, vacinas estas que podem ser Quádruplas (rinotraqueíte, calicivirose, panleucopenia, clamidiose) e as vacinas Quíntuplas (rinotraqueíte, calicivirose, panleucopenia, clamidiose e leucemia), as quais protegem os gatos preventivamente contra a clamidiose durante o período de um ano (a vacina deve ser repetida anualmente).



Fonte: Dr. Gerson Bertoni Giuntini - Biólogo, Engenheiro Agrônomo e Veterinário

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