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Hotéis de luxo oferecem tratamento vip para cães

Editoria: Vininha F. Carvalho 09/03/2006

As empresas hoteleiras dos Estados Unidos descobriram que não é necessária muita lábia para convencer os donos de cães e gatos a pagar mordomias extra para seus bichinhos. Normalmente, o mimo é motivado pelo sentimento de culpa, que ataca o dono que deixa os animais de estimação para viajar durante as férias.

Nos últimos cinco anos, os gastos com serviços de alojamento e estética, direcionados a animais domésticos, movimentaram cerca de US$ 2,5 bilhões, mais que o dobro da primeira metade da última década.

"É a arte de vender serviços reservados e de alta categoria", diz Charlotte Reed, vice-presidente da Associação Nacional de Pet Sitters, como são chamadas as babás de animais domésticos nos EUA. A palavra de ordem para se dar bem no negócio é luxo.

Que o digam Max e Leo. Os dois correm pelo quarto de dois ambientes, ainda gastando energia mesmo depois de um dia inteiro de brincadeiras e atividades. "Você quer que eu leia uma história", pergunta Sonya DeFazio, uma funcionária do hotel para cachorros. Ela está sentada com uma cópia do livro "Cliford, O Grande Cão Vermelho".

Na Best Friends Pet Care, em Nova Jersey, a leitura antes de dormir encerra um dia cheio para Max, um terrier de 7 anos de idade, e Leo, um pomeranian americano de 2 anos. Eles também tiveram sessões de malhação, caminhadas, brincadeiras, pausas para o sorvete e água mineral.

A conta alcança US$ 57 por dia de serviço e mais diária de US$ 78 pela utilização do "Boathouse Row", o quarto de duplo ambiente com área total de 52 metros quadrados. A suíte é decorada com remos, papel de parede estampados com barquinhos, TV e um pôster da Filadélfia. Normalmente os animais ficam hospedados lá de quatro a cinco dias.

De hotéis cinco estrelas, a meros alojamentos, o mercado de hotelaria para animais está crescendo e diversificando seus serviços até festas de aniversário e atendimento de spa (com direito a massagens e aromaterapia).

Nos EUA, é possível fazer dos cãezinhos até astros. Alguns hotéis oferecem a o serviço de gravação de um CD musical por meros US$ 1,6 mil.


Tigela de ouro:

Não pára por aí. Na Filadélfia, um hotel para cães oferece serviço de quarto melhor que muito cinco estrelas. Lá, os animais comem um bife de 340 g, levemente grelhado, fatiado e servido numa tigela de ouro. O jantarzinho dourado custa US$ 125 e, para Christie Graziosi, dona da felizarda Sissy - que saboreou o suculento filé - "a conta é até barata se comparada com a felicidade do animal".

Para os futuros astros caninos, há ainda opções mais estelares. Por US$ 1,6 mil, a equipe do Loews Hotel leva seu amigão para um passeio de limusine que termina num estúdio de gravação. Lá o "totó" vai ter aulas com um treinador de latidos antes de encarar o microfone. Afinal, o que todo dono quer é poder ouvir os latidos e uivados de seu cachorro com fundo musical de guitarra ou gaita.


Geriatria canina:

A terceira idade dos cães é o atual alvo dessa indústria. Essa é a aposta de Darlene Frudakis, presidente da PetAg, uma fabricante de componentes nutricionais para cães que lançou em 2005 sua primeira linha de produtos dedicados a cachorros de mais idade.

O setor também pensa em asilos para cachorros que demandam de mais cuidados veterinários. Nada mal para quem iria "virar sabão", segundo expressão popular.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI907812-EI1141,00.html