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A castração continua sendo motivo de polêmica entre alguns tutores de cães e gatos.

Editoria: Vininha F. Carvalho 07/06/2013

Embora muitos conheçam os benefícios da cirurgia, outros ainda acreditam que seja um ato de mutilação. “É importante entender que os benefícios da castração são enormes.

Nas fêmeas, quanto mais precoce for a castração menores as chances de desenvolver tumores mamários; evita ainda infecções uterinas e as crias indesejáveis.

Nos machos, diminuiu os riscos de hiperplasia mamária, de câncer testicular, além de reduzir as demarcações de território”, alerta a médica veterinária Elaine Pessuto, diretora do CETAC - Centro de Ensino e Treinamento em Anatomia e Cirurgia Veterinária.

Nas fêmeas, tanto de gatas como cadelas, a castração é chamada ovarisalpingohisterectomia (OSH) e apesar de ser uma cirurgia de rotina não é tão simples, porque é cavitária, ou seja, retiram-se os ovários e o útero.

“Existe risco de infecção e hemorragia, por isso deve ser feita com todo cuidado e critério, tanto cirúrgico quanto anestésico”, aponta a dra. Elaine Pessuto.

Nos machos, cães e gatos, a castração é chamada orquiectomia. A cirurgia é menos invasiva, não é uma abdominal, pois os testículos estão localizados na bolsa escrotal que é pendular e fora da cavidade, mas, como todo procedimento cirúrgico, deve ser realizada com rigoroso controle cirúrgico e anestésico.

Método definitivo de esterilização, a cirurgia de castração pode ser realizada em qualquer fase da idade reprodutiva do animal, porém quanto mais precoce melhor.

“Após o procedimento, o cio das fêmeas é interrompido, assim como todos os seus sinais (sangramento e a vulva edemaciada). Nos machos, a urina por demarcação tende a diminuiu ou desaparecer, muitos podem ainda continuar a montar em outros animais e até se masturbar, por excesso de libido ou comportamento dominante. Em ambos os sexos a agressividade pode diminuir”, explica a médica veterinária.

Todo procedimento cirúrgico-anestésico é considerado um risco ao animal. “Portanto o ideal é que todo animal que vai ser submetido a qualquer procedimento cirúrgico seja avaliado por um médico veterinário previamente; após o exame físico, o clínico faz os exames pré cirúrgicos que ele achar necessário para aquele paciente, assim como fazemos quando nós vamos ao médico”, orienta a dra. Elaine Pessuto.

Segundo a dra. Elaine Pessuto muitas pessoas ainda resistem ao procedimento, pois acreditam em mitos como achar que o macho castrado vai ficar um bobão.

“Nada disso, ele vai continuar correndo, brincando e será ativo desde que estimulado sempre, lógico que aquele cão que corria na rua atrás da fêmea, não mais vai correr, mas vai continuar correndo atrás da bolinha”, explica.

Outro mito apontado pela veterinária é de que as fêmeas precisam de pelo menos uma cria para evitar problemas de saúde. “Essa máxima já foi derrubada de acordo com as pesquisas mais recentes, sabe-se que o que impede problemas é a castração precoce, antes do primeiro cio”, alerta.

E para a afirmação de que os bichos engordam após a cirurgia, a médica finaliza: sim, os cães e gatos podem engordar uma média de 10% do peso, mas esse percentual tende a diminuir quando é feito precocemente. Quanto mais cedo, menores são as chances de ganho de peso.


- Benefícios da castração:

· Reduz o risco de tumores de mama e próstata

· Elimina a gravidez psicológica (pseudociese) nas fêmeas

· Elimina o risco de uma piometra (doença uterina apresentada após o cio - ocorre em cerca de 60% das fêmeas não castradas)

· Nos gatos há a diminuição do hábito de urinar nos objetos da casa para demarcar território;

· Evita gravidez indesejada, não ocorre mais o cio nem o sangramento nas fêmeas

· Animais se tornam mais saudáveis e sua expectativa de vida aumenta, pois há menor chance de doenças reprodutivas



Fonte: Dra. Elaine Pessuto - CETAC