Ave de Rapina
Onça
Cachorro
Cavalo
Gato
Arara

Descoberta de recifes de coral reforça retomada da zona de amortecimento de Abrolhos

Editoria: Vininha F. Carvalho 15/08/2008

Durante recente Simpósio Internacional dos Recifes de Coral, realizado na Flórida, pesquisadores brasileiros da ONG Conservação Internacional anunciaram a descoberta de uma grande área de recifes no Banco dos Abrolhos, no sul da Bahia.

Localizado em águas profundas na região próxima ao Parque Nacional Marinho de Abrolhos, o ambiente aponta para uma rica biodiversidade ainda desconhecida.

A descoberta reforça a importância de políticas de conservação e manejo no local, que tem 46 mil quilômetros quadrados e abriga várias espécies, algumas ameaçadas de extinção.

Além disso, aumenta a necessidade de se ampliar e criar novas unidades de conservação marinhas no Banco dos Abrolhos, o maior banco de corais do Atlântico Sul.

Segundo Marcello Lourenço, oceanógrafo e chefe do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, a descoberta foi de que existem muitos recifes de coral ainda não mapeados no banco dos Abrolhos, e não no parque.

“São recifes localizados em áreas mais profundas, agora mapeados pela ciência, mas já descobertos por pescadores da região há mais tempo, pela grande quantidade de peixes que abrigam”, afirma.

Para Lourenço a descoberta reforça a necessidade de restituição da Zona de Amortecimento (ZA) do parque, que abrangia essas regiões mais profundas. Por ser um local com alta concentração de peixes, a ZA exigia a avaliação mais cuidadosa para que se estabeleçam atividades compatíveis com a conservação da biodiversidade no entorno da unidade.

Criada em maio de 2006, a zona foi suspensa em junho do ano passado, quando uma decisão judicial alegou inadequação no instrumento legal utilizado para criá-la.

O trabalho de investigação na área começou em 2000, devido às informações dadas por pescadores que atuam na região. Nos anos seguintes de pesquisa, os cientistas trabalharam com navios equipados com sonares de varredura lateral.

Os pescadores também contam com recursos como o GPS, que permite mapeamento da área e retorno a ela seguidamente. Cabe agora não apenas estudar a biodiversidade dessa área, mas conciliar conservação e uso sustentável pela indústria pesqueira.

Fonte: Instituto Chico Mendes