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O bicho geográfico é uma zoonose proveniente das fezes dos cães e gatos.

Editoria: Vininha F. Carvalho 01/06/2007

O bicho geográfico ou larva migrans cutânea é uma zoonose bastante comum causada pela larva do Ancylostoma braziliense, presente nos cães, gatos e outros carnívoros, e também pela larva do Ancylostoma caninum, a qual acomete os cães.

Estas larvas pertencem ao grupo dos vermes redondos denominados de ancilostomídeos e são freqüentemente encontradas dentro dos cães e gatos, particularmente nos intestinos, dependendo de seus hospedeiros para sua nutrição. Popularmente são denominadas de vermes intestinais ou, tecnicamente, de endoparasitas.

A infestação ocorre principalmente após o contato com solo contaminado com as fezes de cães e gatos parasitados. É comum encontrarmos estes solos contaminados nas praias, tanques de areias dos parques e outros solos ricos em aeração, onde cães parasitados evacuam, disseminando assim os ovos.

Depois de dois a oito dias no meio ambiente, as larvas eclodem dos ovos e já estão prontas para penetrar na pele intacta dos animais e humanos. Nos seres humanos o parasita é incapaz de migrar para além da junção dermoepidérmica, formando uma lesão sinuosa e saliente, a qual apresenta na porção terminal uma pápula, região onde está localizada a larva. Como esta lesão se assemelham a um mapa, daí seu nome de bicho geográfico.

À medida que a larva se movimenta através do tecido dérmico provoca um intenso prurido e irritação da pele, principalmente à noite, causando na pessoa parasitada insônia e nervosismo.
Nos casos de infestações maciças poderemos ter quadros bem mais complicados com alergias locais e sistêmicas, infecções e eczematização.

O diagnóstico é feito pelo tipo de lesão na pele, tipo de prurido e pela região do corpo onde ocorre. Nos seres humanos, normalmente as partes do corpo mais afetadas são as que têm mais contato com o solo contaminado, tais como os pés, pernas, nádegas, coxas, mãos e antebraços.

Aconselha-se que devam ser evitados aqueles locais sombreados e úmidos nas praias. A proteção do corpo também é fundamental, com o uso de calçados, esteiras, toalhas, etc., impedindo assim o contato do corpo diretamente com a areia.

É conveniente salientar que a posse responsável é fundamental para os proprietários de cães e gatos de forma que haja a conscientização da importância das medidas preventivas. Estamos à disposição para o esclarecimento de dúvidas.

Uma das formas da prevenção do bicho geográfico em humanos é a vermifugação regular de todos cães e gatos. Existe atualmente no mercado bons vermífugos formulados adequadamente para este fim.

Outra medida importante é a de se evitar o acesso de cães e gatos àqueles locais públicos, principalmente praias e parques com areia, onde brincam as crianças. Além disso, a pessoa que acompanha o animal para passeio, ajudará bastante no combate a esta zoonose recolhendo suas fezes.



Fonte: Dr. Gerson Bertoni Giuntini - Biólogo, Engenheiro Agrônomo e Veterinário

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